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Oficina de Criação Literária na cidade de Pelotas

30/04/2019 / Jacira Fagundes

É possível e maravilhoso estabelecer uma experiência profunda com um texto – um livro, um artigo, um ensaio, uma novela – através da leitura, onde irá ocorrer um entrosamento de ideias e emoções entre leitor e autor, proporcionando experiência pessoal de enorme riqueza. Mas como chegar a este nível, acostumados que estão os jovens com textos curtíssimos e leituras mínimas na Internet que os tornam leitores menos atentos e menos capazes de interagir ou se emocionar? Sugerir que o jovem, e os nem tanto, se afastem do celular é medida utópica. O que se desejaria não seria distanciá-los destes contatos monossilábicos, mas aproximá-los de algo mais consistente em termos de leitura.
 O conto pode ser o gênero que atende a uma alternativa menos radical e mais eficaz, pois que se propõe a caminhar paralelo com a pressa e o imediatismo atual. O conto constitui unidade literária por excelência, uma vez que envolve uma narrativa com começo, meio e fim, sem desvios do foco principal, concisa e de desenvolvimento mais instigante, mais limpo e ágil do que uma narrativa longa. A leitura de um conto despende menor tempo e assegura maior envolvimento do leitor não habituado a ler; além de estar em melhores condições de concorrência com os meios digitais.